O Atendimento na Clínica Infantil

 

Márcia Corrêa, Psicóloga Clínica –  CRP. 05/41652

clinica_infantilA demanda para o atendimento na clínica infantil tem apresentado um crescimento significativo. O motivo de procura pelo atendimento psicológico, ou avaliação profissional, feita pelos pais, tem motivação bem frequente e algumas vezes até comuns. Em outras situações, lidamos com solicitações específicas e encaminhamentos de outros profissionais. As nossas crianças hoje, passaram a lidar com situações que até bem pouco tempo, não faziam parte do universo infantil. Temos situações de pressão e cobrança na competição escolar, diagnósticos precoces, de patologias que passaram a habitar o vocabulário do senso comum, ausência de afetividade e disponibilidade de tempo dos pais, entre outras necessidades de tempos modernos.

Não há como pensar em atendimento na clínica infantil sem um olhar sistêmico. Não há como também pensar em resultado clínico do atendimento infantil, sem o comprometimento dos pais e ou cuidadores. Todo trabalho clínico é um instante dentro de um contexto muito mais extenso. O atendimento à criança requer do terapeuta uma interação e uma atuação com a família, que precisa entender seu papel e participação no contexto do trabalho psicoterápico.

No atendimento em si, o espaço deve ser um espaço de expressão da criança, de respeito e de aprendizado de autonomia e utilização dos recursos emocionais conforme o desenvolvimento infantil ao qual está disponível. A criança precisa se sentir acolhida e compreendida, dentro de suas características e habilidades, sendo comparada com ela mesma e não com padrões ou modelos externos.

Enfim, o trabalho na clínica infantil é extremamente rico, podendo possibilitar ao pequeno cliente, recursos emocionais para lidar com as dificuldades e sofrimentos que a vida possa apresentar. Com material lúdico e de artes, a expressão é trabalhada em sua essência e significação, assim como na transformação. O cliente é fortalecido em seu processo de desenvolvimento, assim como trabalhado em suas potencialidades; os pais são orientados em seus papéis e habilidades, assim como a escola é esclarecida no papel e momento que esse cliente vivencia.

O olhar sistêmico nos possibilita olhar e trabalhar esse cliente na sua individualidade, inserido num contexto diversificado, independente da motivação de procura principal.

 

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